Campinas passou a integrar, desde ontem, a pesquisa de campo que o Ibope está fazendo em 133 cidades em todos os estados do País, para avaliar como o novo coronavírus está avançando no Brasil. O projeto é uma iniciativa do Ministério da Saúde, que contratou o instituto de pesquisa por R$ 10 milhões, para coleta de uma gota de sangue e aplicação de testes rápidos em um dos moradores da casa visitada. Se o resultado der positivo, todos os moradores da casa serão testados. Em Campinas, anunciou o prefeito Jonas Donizette (PSB), serão aplicados 250 testes rápidos na pesquisa por amostragem.
No País, dentro do projeto coordenado pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, a testagem está ocorrendo desde abril e serão aplicados 100 mil testes. A tarefa está sendo executada por 2,6 mil pesquisadores que entrevistam moradores e aplicam os testes em 33 mil pessoas. Após duas semanas, eles retornam a campo para realizar mais 33 mil testes, e 14 dias depois, mais 33 mil. As retestagens são necessárias porque o exame só detecta a doença se a pessoa estiver infectada há pelo menos uma semana.
O entrevistador usará equipamentos de proteção, como óculos, máscara e luvas, e visitará as pessoas em suas casas. Os testes permitirá um levantamento amostral do percentual de pessoas que têm anticorpos contra o novo coronavírus, ou seja, que já entraram em contato com a doença.
O teste comprado é o Wondfo SARS-CoV-2 Antibody Test, fabricado em Guangzhou, na China, pela empresa Wondfo, e foi validado pelos pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas.
O plano do Ministério da Saúde é que a comparação dos resultados das diferentes rodadas mostre a velocidade com que o vírus está se espalhando pelo país. Esse tipo de informação poderá ser útil, por exemplo, para balizar uma decisão sobre medidas de relaxamento do distanciamento social em uma determinada região.