O workshop em referência foi promovido pelo Cepagri/COCEN/UNICAMP, em parceria com o Conselho de Desenvolvimento da RMC (CDRMC) e representações da Câmara Temática de Defesa Civil da RMC, e da Casa Militar do Estado de São Paulo, e a Agência Metropolitana de Campinas (AGEMCAMP). Durante o evento, o coordenador do Cepagri, professor David Lapola, alertou sobre a necessidade de vigilância e preparo diante do aumento de fenômenos climáticos severos. Ele relembrou o furacão que atingiu Santa Catarina em 2004, o primeiro registrado no Brasil, e a micro-explosão ocorrida em Campinas em 2016. “Esses episódios, antes considerados inéditos, podem se tornar parte de um novo padrão climático. Precisamos estar prontos”, afirmou.
O diretor executivo da AGEMCAMP, Eliziário Ferreira Barbosa, anunciou ainda a aquisição de 20 novas estações meteorológicas que serão instaladas nos municípios da RMC. Esses equipamentos fornecerão dados adicionais ao CRMet, contribuindo para uma análise meteorológica mais precisa com o funcionamento da Rede de monitoramento meteoreorlógico da RMC. A major Michele César, diretora da Divisão de Resposta da Casa Militar e da Defesa Civil de São Paulo, destacou o avanço da região de Campinas no preparo para eventos climáticos extremos. Segundo ela, a rápida integração do CRMet aos sistemas estaduais de monitoramento é estratégica para garantir a segurança da população. Para o reitor em exercício da Unicamp, professor Fernando Coelho, a atuação da Universidade nesse contexto é essencial. “As mudanças climáticas são uma realidade. A Unicamp une esforços com a sociedade civil e outras instituições na busca por soluções que nos permitam enfrentar essas novas e severas condições ambientais”, concluiu.
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) passa a contar com uma importante ferramenta no enfrentamento de desastres naturais: o CRMet – que já processa imagens captadas pelo radar meteorológico adquirido no último ano com recursos do Fundo Metropolitano da RM Campinas (Fundocamp) e apoio da Unicamp. O equipamento Radar Meteorológico da RMC, principal ferramenta do centro, permite identificar tempestades e áreas de risco em tempo real, além de se integrar aos sistemas meteorológicos estadual e federal.
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Imagens captadas pelo radar. Foto: Unicamp